Todo corpo é único. Nem melhor, nem pior, nem mais bonito, nem mais feio. Apenas diferente, singular, e acho isso uma poesia sem fim. Como uma eterna apaixonada pela criatividade, ver a habilidade de Deus em criar tantas combinações diferentes (e incríveis!) no ser humano, me faz amá-Lo e admirá-Lo ainda mais. Inclusive, acredito que deveríamos celebrar mais o que nos faz ser únicos, sabe? Um jeito legal de fazer isso é olhando de verdade o nosso corpo, sem julgamentos, e conhecendo a fundo o desenho que o forma. E, ao invés de tentarmos nos encaixar em padrões ou mesmo em formatos de frutas, melhor olharmos e abraçarmos quem a gente realmente é. Isso importa, não só pra deixar um quentinho no coração, mas também para guiar nossas escolhas na hora de se vestir.
Cada roupa, tecido, modelagem, cor e composição, vão funcionar de um jeito pra cada corpo e isso é ótimo! Acho que o desafio nos impulsiona a pensar em alternativas, nem sempre tão óbvias, e isso pode ser bem legal. Sei que você deve estar pensando que esse negócio da roupa não funcionar não tem nada de legal, porque na verdade pode ser um processo bem cansativo e frustrante. E sim, é verdade, pode mesmo. Mas é por isso que conhecer o que se quer e entender o próprio corpo, faz toda a diferença. Esse conhecimento vai te dar clareza sobre exatamente o que você quer e que resultado está buscando. Isso ajuda a eliminar tudo aquilo que não faz parte dessa busca, e a ir direto ao que pode funcionar, deixando o processo mais leve e até mais divertido.
Então, vamos por partes. Hoje a ideia é conhecer melhor esse desenho natural do corpo, também conhecido como silhueta, e a partir disso, identificar o que a gente quer potencializar, equilibrar ou mesmo disfarçar com a nossa roupa.
O primeiro passo é se observar em frente ao espelho, de preferência sem roupa, e fazer uma leitura dos seguintes pontos:
- Quais são as proporções do seu corpo? Tanto em relação à altura (dos braços, pernas, tronco, pescoço, cabelo, etc), como em relação à largura (do quadril, busto, cintura, ombro, etc). Lembrando que sem julgamentos, hein? É só pra analisar como cada um desses aspectos se comporta no conjunto de proporções que existe em você.
- Como são as linhas naturais do seu corpo? Mais arredondadas? Mais retas? Mais angulares? Mais marcadas? Mais suaves? Observe tudo: as linhas do braço, do ombro, da cintura, de lado, de frente, do rosto…
- O que você gostaria de disfarçar? Sei que essa resposta, todo mundo já tem na ponta da língua, mas vale pensar aqui sobre o que exatamente te incomoda.
- O que você ama de paixão no seu corpo? Quais são as características físicas que você mais aprecia e acha bonito em você.
- E onde você vê potencial? Todo mundo tem características incríveis, e por mais que a gente tenha esse hábito feio de só focar no ruim, bora tomar um banho de amor e pensar com carinho que tem muita coisa especial nesse corpo aí.
- Onde está o seu peso visual? Onde chama mais a atenção? Uma parte do seu corpo? Suas linhas? Suas cores? Peso visual não tem nada a ver com quilinhos a mais ou medidas, tá. E sim, com o tanto de espaço visual que determinado elemento ocupa.
Tudo isso é importante manter em mente, mas cuidado pra não focar muito nos detalhes. É legal lembrar que, assim como estilo não é definido por uma única peça de roupa, nosso corpo também não pode ser definido por partes, mas pelo conjunto. E isso muda tudo! Ajuda bastante entender o que eu amo e o que eu gostaria de disfarçar do meu corpo, também as proporções e as características que o desenham, mas é fundamental enxergar como tudo isso funciona em conjunto. Ter essa visão do todo, potencializa o jogo visual que a gente faz com as roupas depois. Mas isso é conversa para outro dia.
Por hoje, espero de coração que você observe com carinho seu corpo e encontre respostas que te ajude a fazer escolhas cada vez mais assertivas, e que mostrem a beleza de ser quem você é.