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Lições da vida da serva de Naamã

Imagine ser tirada à força de sua casa, sua família, seu país e tudo que lhe é familiar, sendo ainda uma garotinha. Como deve ser saber que você nunca mais verá aqueles que ama, e que está fadada à escravidão pelo resto da vida? Foi isso o que aconteceu com a jovem serva israelita na história de Naamã. Soldados sírios haviam atacado a terra de Israel e levado consigo uma jovem menina que se tornou serva da esposa de Naamã.

Naamã era um homem importante — capitão do exército da Síria. Ele era corajoso, honrado, tido em alta conta e respeitado pelo rei. Porém, Naamã tinha um infortúnio: ele tinha lepra — uma doença mortal e contagiosa. A pequena serva menciona à esposa de Naamã que, caso ele fosse ver um profeta em Samaria (Eliseu), seria curado da lepra (2 Reis 5:3).

O foco da história é normalmente direcionado ao que acontece depois. Naamã vai até Eliseu, finalmente obedece às suas instruções para mergulhar no Rio Jordão sete vezes, e é milagrosamente curado.

Mas voltemos nosso foco à serva israelita. Muitas vezes me imaginei na posição dela e me perguntei como teria me sentido, como teria agido ou reagido se tivesse o mesmo destino na vida. Eu a admiro.

Um espírito de aceitação

Ter um espírito de aceitação e contentamento não é um mantra popular no século XXI. Há um clamor para “reconhecer o próprio valor” e “não aceitar nada menos que o melhor”. Mas isso não nos ensina resiliência quando em face do que não podemos mudar, não nos ensina a encontrar alegria no que é em vez de ansiar aquilo que imaginamos que poderia ou deveria ser.

Aquela menina deve ter sentido saudade da família e de seu povo, mas ela manifestou um espírito de aceitação e contentamento para com seu destino, um espírito de submissão. Não se entregou à autopiedade, nem se ocupou tentando encontrar meios de escape. Embora provável que fosse uma adolescente, ela demonstrou maturidade emocional, psicológica e espiritual em face de uma mudança de vida traumática.

Uma oportunidade de testemunhar

Valente e corajosa, aquela moça não perdeu a oportunidade de contar à sua senhora, pagã, sobre um profeta de Deus. Parece que Naamã e sua esposa eram bons para ela; para que pôr em risco uma boa posição apresentando um tema religioso? Mas ela não teve medo de compartilhá-lo no momento oportuno. Ela não apenas ajudou a levar cura física àquele lar, mas também cura espiritual!

Uma lição de perdão

Enquanto servia nesse lar pagão, suas simpatias foram despertadas em favor de seu amo; e, lembrando os maravilhosos milagres de cura operados por Eliseu, ela disse a sua senhora: “Oxalá que o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra.”

Profetas e reis, pp. 244 e 245.

Quão incrível que essa jovem serva tenha mantido no coração suavidade, simpatia e altruísmo, mesmo para com aqueles que a mantinham cativa! Ela não sentia raiva, ódio ou ressentimento para com seus senhores; pelo contrário: ela foi tocada pelo sofrimento de Naamã e quis ajudá-lo. Quantas de nós iríamos querer ajudar nossos inimigos?

Uma lição na educação cristã

Apesar de nunca serem mencionados na Bíblia, os pais da serva israelita foram personagens essenciais nessa história. No pouco tempo em que esteve com eles, ela recebeu uma sólida estrutura espiritual que produziu uma forte fé em Deus e um belo caráter.

Os pais da menina hebreia, ao ensinar-lhe a respeito de Deus, não sabiam o destino que lhe tocaria. Mas foram fiéis em seu mister; e no lar do capitão do exército sírio, sua filha testemunhou do Deus a quem tinha aprendido a honrar.

Profetas e reis, p. 246.

Eles não sabiam, mas a estavam preparando para uma importante missão — a estavam preparando para ser uma testemunha poderosa, uma bênção em um lar pagão, uma fiel pequena missionária! Não sabemos qual futuro nossos filhos enfrentarão. Estamos preparando-os para ele?

Ele que enviou Filipe ao ministro etíope, Pedro ao centurião romano e a menina israelita em auxílio de Naamã, capitão sírio, envia hoje homens, mulheres e jovens como Seus representantes àqueles que têm necessidade de ajuda e guia divinas.

A ciência do bom viver, p. 473.

5 comentários em “Lessons From the Life of the Captive Maid”

    1. Ellen, você é fã de verdade :*

      Nem postamos no Instagram ainda e você já leu! Te amo! <3 rsrs

      Obrigada por estar sempre lendo e deixando comentários que deixam nossos corações quentinhos!

  1. Vivian Souza Mendes

    Essa história já havia ouvido a muito tempo mas hoje lendo conseguir entender melhor e trazer para a minha vida. Deus quer me usar no meio de pessoas que precisam da cura espiritual.
    Serei como essa menina ??❤

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