Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.
Mateus 5:16
A bíblia conta-nos que em Jope havia uma mulher chamada Tabita, que traduzido quer dizer Dorcas, muito querida e amada por todos. Ela dedicou a sua vida a fazer o bem e ajudar as pessoas. Quando ela morreu a igreja sentiu muito a sua perda, e sabendo que Pedro estava ali por perto mandou chamá-lo esperando que ele pudesse fazer algo a respeito. Sempre que leio essa história três pontos me chamam muito a atenção:
Dorcas era atenta à dor alheia
Quando Pedro chegou e foi levado ao quarto onde ela estava, as mulheres viúvas que ali se encontravam o rodearam e mostravam as roupas que ela havia costurado para elas. Naquela época as coisas eram ainda mais difíceis e em caso de viuvez a condição econômica e social da mulher mudava drasticamente, podendo padecer privações e pobreza. Suas vidas muitas vezes ficavam à mercê da bondade dos outros, e muitas vezes eram desprezadas e injustiçadas. Não é à toa que em muitos versículos lemos que o próprio Senhor se coloca a favor delas – (Êxodo 22:23-24; Deuteronômio 1:18).
Dorcas era uma dessas pessoas que ouvia a voz de Deus, dedicava suas habilidades a suprir as necessidades físicas dos carentes. Seu olhar estava sempre atento à dor do próximo.
Seus dedos foram mais ativos que a língua
Em Jope, havia uma certa Dorcas, cujos hábeis dedos eram mais ativos que sua língua. Ela sabia quem necessitava de roupas confortáveis e quem necessitava de simpatia, e liberalmente ministrava às necessidades de ambas as classes.
Filhas de Deus, pág. 52
Dorcas falava menos e agia mais, cumprindo o que propunha em seu coração. Muitas vezes ficamos só nas promessas, apenas nos planos – eu preciso fazer, eu preciso ajudar. Quantas coisas eu já disse que faria, mas acabei me esquecendo e deixando prá lá.
Será que nossos discursos bonitos não deveriam ser trocados por nossas ações silenciosas? Como diz a frase: “Faça sem prometer, surpreender é melhor do que cumprir!”
Sua ausência foi sentida
E quando Dorcas morreu, a igreja em Jope sentiu sua perda. Não admira que tenham chorado e lamentado, e que lágrimas ardentes hajam caído sobre o seu corpo inanimado. Ela era de tão grande valor que pelo poder de Deus foi trazida de volta da terra do inimigo, a fim de que sua habilidade e energia pudessem ser ainda uma bênção para outros.
Testemunhos para a Igreja vol. 5 pág. 30
Quantos de nós temos sido tão úteis à nossa comunidade de maneira que se morrêssemos hoje despertaríamos uma comoção geral? A nossa utilidade aqui nessa Terra tem sido tão significante a ponto de Deus olhar do céu e dizer: essa pessoa precisa voltar à vida e assim continuar abençoando a outros? A nossa ausência seria notada? Lamentada? Será que poderiam dizer de nós: (coloque o seu nome) era uma mulher que abençoava a vida de todos ao seu redor?
Dorcas é para nós um grande exemplo de altruísmo e cristianismo. Ela vivia o verdadeiro evangelho de Cristo usando seus dons para aliviar o sofrimento alheio, amando e servindo ao próximo, não se cansando de fazer o bem e iluminando o mundo à sua volta. Deu testemunho de Cristo em vida e através de sua morte e ressurreição muitos outros foram levados a crer em Jesus. Que nossa vida também possa ser cheia de propósito, que estejamos prontos a ouvir o chamado de Cristo e fazermos a diferença na vida das pessoas por onde passarmos. Esse é o meu desejo para todos nós!