Quero receber a newsletter TGW!

Lidando com a incerteza: e agora, o que eu faço?

É engraçado como a vida funciona.

Você nasce, entra em idade de ir para a escola, começa na pré-escola, depois o fundamental e ensino médio. Durante 10 ou 11 anos você sabe exatamente o que vai acontecer. Você termina um ano, aproveita as férias, compra o material novo e ingressa no próximo, a mesma rotina de sempre.

Mas tudo muda no último ano. Você tem por volta de 16 ou 17 anos e sabe que depois da formatura, tem que escolher se vai trabalhar, cursar faculdade ou ingressar em um cursinho antes da faculdade. Se vai trabalhar, tem que saber onde, com quem, fazendo o que, ganhando quanto. Se vai estudar, qual faculdade, qual curso, por quanto tempo.

Do nada, você que estava acostumado a decidir se ia comprar o caderno com a capa de praia ou das meninas superpoderosas ou, melhor ainda, deixar tudo para sua mãe comprar, tem que tomar decisões que vão impactar e mudar sua vida para sempre.

Suave essa transição, não é mesmo?

Óbvio que você não sabe o que quer porque nunca pensou muito no assunto ou nunca te deram liberdade ou oportunidade para tomar decisões de tamanha magnitude. Então você começa a se desesperar, porque sabe que precisa escolher uma boa faculdade, fazer um bom curso para ter um diploma que te distinga dos outros dez jovens sentados na sala de espera para a entrevista de trabalho (porque como dizem os meus tios, o mercado de trabalho tá osso), e ganhar um bom salário para poder se sustentar e futuramente sustentar uma família e trazer orgulho para seus pais.

Para piorar, todos os seus colegas de classe já sabem que faculdade cursar ou onde vão trabalhar. E você é a única pessoa que responde “hum… não sei”.

Se você chegou até aqui com o seu coração intacto, meus parabéns! Agora se ele tiver quase saindo pela boca, respira fundo (sério) e junte-se à maioria da humanidade.

Eu usei o exemplo da decisão depois do 3° ano, mas podia ter sido um cenário onde precisamos enfrentar a incerteza. Poderia ter sido um cenário de uma solteira preocupada em quando vai se casar, mudança importante na carreira ou quando ter filhos. Ou talvez a pandemia tenha surgido e revirado todos os seus planos! E agora?

O fato é que todas nós passamos por momentos assim, quando precisamos tomar uma decisão que parece fácil para todo mundo, mas sinceramente, não para nós. E sabe de uma coisa? Está tudo bem.

Sabe aquela frase que a sua mãe vive repetindo? “Você não é todo mundo?” Pois é, eu não sou mãe, mas vou te falar: você não é todo mundo.

Está aí uma coisa que eu, de certa forma demorei para aprender.

Assim que soube que íamos nos mudar para a Escola Missionária (em Curitiba) entendi que provavelmente eu ia fazer também, já que sempre tive vontade e estaria lá quando terminasse o 3° ano. Estava até meio óbvio de certa forma. Falo isso hoje, mas não naquela época.

Escolhi fazer e foi ótimo! Não somente pela experiência em si, mas porque durante esses dois anos eu tive a oportunidade de me conhecer mais, de entender o que eu gosto ou o que eu não gosto. Foi lá, por exemplo, que descobri que eu amava ser intérprete e que tinha talento para isso. Foi durante esse tempo que entendi que eu precisava trabalhar algumas coisas em mim. Foi lá que fui ganhando mais maturidade e comecei a tomar decisões e descobrindo quais eram as consequências de determinadas atitudes e se eu gostava delas ou não. Meio que brincando de experimentos com a vida.

Foram dois anos dedicados ao Senhor, e Ele me mostrou muita coisa. Ele também pode fazer isso com você, e não precisa ir para a Escola Missionária para isso, mas é preciso você se dar um tempo e perguntar para você mesma o que você quer da vida. E não tem problema se mais uma vez a resposta for “hum… não sei”.

Na verdade, essa é a oportunidade perfeita para você ter uma conversa sincera com Jesus. Ele é uma espécie de irmão mais velho/melhor amigo que você pode contar tudo, mas que, ao contrário dos humanos, pode realmente fazer alguma coisa a respeito. Desde mudar a cabeça dos seus pais até mudar a sua própria. Achou impossível? Vai por mim, Ele realmente faz isso.

Fala para Ele todas as suas dúvidas, argumenta com Ele, explica e repete, e não se preocupe pois Ele é super paciente, então pode falar à vontade!

Depois que você desabafou, deixe Ele cuidar dos seus problemas. Não adianta nada você falar tudo, mas levantar e pegar seus problemas de volta e sair andando. Tem que deixar, assim Ele vai poder resolver.

Vai andar, curtir seu cachorrinho, andar de patins, tocar violão ou olhar para o teto. Enfim, qualquer coisa que te relaxe e aguarde pela resposta dEle. De quando em quando Ele te responde através daquela carta que foi escrita antes mesmo de você nascer. Aquela que está empoeirada ou só de enfeite na sua casa, envolvida numa capa preta com o nome em letras de ouro.

Às vezes Ele apenas sussurra nos seus ouvidos a resposta para seus problemas, ou responde através de uma criatura dEle. Ele já me respondeu tantas vezes através de borboletas, que eu nem te conto! Quer dizer, talvez, em outra ocasião.

Em certas respostas, e essa é a minha preferida, Ele só muda a situação e vai encaminhando as coisas de um jeito que quando você vê pluft! Já foi resolvido.

Ele é bem criativo e arruma diversas maneiras de nos responder. Ele gosta de personalizar as respostas, sabe?

Ah, se estiver demorando muito para o seu gosto, volta lá e fala com Ele de novo. Pode repetir tudinho, pois Ele vai te ouvir e responder no tempo certo, tenha certeza disso!

E se você quiser falar conosco é só comentar aqui embaixo ou mandar mensagem no direct do nosso Instagram, @thegirlwrites.

Com muito carinho, Evy

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar
Girl writes in journal
The Girl Writes is a space created by women for women. Everything in a faith-based perspective. No adaptations necessary. Learn more.

Related Posts

pt_BR