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Uma caminhada rumo a autoestima: sentimento de inferioridade vs. complexo de inferioridade

Autestima

Eis uma palavra muito falada, um conceito amplamente comentado. Esse termo tem sido utilizado para identificar inúmeras coisas diferentes. O que acaba nos deixando confusos.

“Emagreça x quilos e fique com a sua autoestima lá em cima!” 

“Vista-se bem e verá sua autoestima aumentar.”

“Livre-se de pessoas tóxicas e recupere sua autoestima.” 

“Cabelos hidratados são chave para a autoestima!”

“Ter auto estima é egoísmo e consequentemente pecado.” 

Essas são algumas das frases que já ouvi . 

Mas afinal, o que é essa tal autoestima? Eu encontro ela no salão, nos relacionamento, na academia, na igreja, na terapia?

Por mais de 14 anos tenho estudado esse tema. Nas minhas viagens, palestras, contato com adolescentes, adultos e idosos entendi como uma autoestima deficiente pode prejudicar uma pessoa de inúmeras formas, nos seus relacionamentos, no seu trabalho, na sua saúde e principalmente na sua comunhão com Deus. 

Mas ainda assim, mesmo compreendendo a seriedade do assunto e falando dele incansavelmente, algumas peças não encaixavam, faltava alguma coisa que me ajudasse a unir a teoria, o conceito bíblico de amor próprio e a realidade. 

Até que aprendi alguns conceitos muito interessantes que mudaram minha forma de pensar a autoestima. E por isso estou aqui. Para contar pra vocês coisas que gostaria de ter escutado lá no começo, minha intenção é encurtar o caminho de vocês, desfazer alguns mitos e compartilhar algumas dessas descobertas. 

O primeiro ponto que gostaria de esclarecer é a compreensão real de dois conceitos importantes trazidos por Alfred Adler, fundador da Psicologa individual. 

São eles : sentimento de inferioridade e complexo de inferioridade. 

Vamos entender melhor cada um deles. 

O sentimento de inferioridade é algo que todos temos, sentimos e precisamos dele. É algo temporário, que nos faz enxergar que as coisas não estão bem, é quando consigo ver minhas falhas, mas tenho o enorme desejo de melhorar. Esse sentimento me motiva a buscar a melhoria.

“Como fazer para ser melhor?” 

“ O que preciso mudar para dar certo?”

Espiritualmente falando é o sentimento que tenho quando me dou conta da minha condição de pecador e busco refúgio e auxílio em nosso Salvador, buscando nEle melhorar a cada dia. 

Já o complexo de inferioridade é o sentimento de inferioridade que se instalou e se transformou em algo nocivo e paralisante. É quando não questiono mais o que eu fiz de errado e como melhorar, começo a questionar o meu potencial como ser humano. Me criticando e me culpando incessantemente. Até acabo me conformando que não tem mais solução mesmo, melhor desistir. 

Vou dar um exemplo:

Quem já assistiu alguma competição culinária estilo Master Chef ou outras desse formato vai conseguir identificar esses dois padrões.

Nessas competições os jurados são conhecidos por suas avaliações duras, por falarem a verdade, algumas vezes de uma forma considerada até mesmo grosseira. E normalmente não são apenas as avaliações que definem o destino do participante na competição e sim a forma como ele vai lidar com essa avaliação. 

Alguns participantes ao serem criticados se irritam na hora, mas logo em seguida fazem de tudo para entender aonde erraram e como fazer para voltar na próxima avaliação ainda melhores. Estudam, testam sabores, receitas, até acertarem o seu erro. E ao final ainda são capazes de agradecer à crítica que receberam pois os ajudou a melhorar. Essa é a ação do sentimento de inferioridade, sem ele nos tornamos arrogantes e orgulhosos. 

Já outros participantes recebem às críticas e se ressentem, levam para o lado pessoal, atacam a credibilidade da pessoa que fez a crítica (quem fulano pensa que é pra falar assim comigo?). Nitidamente esse é o complexo de inferioridade agindo. E normalmente quando ele age as coisas começam a dar errado. 

Pessoas movidas pelo complexo de inferioridade estão sempre buscando a aprovação dos outros, querem ser reconhecidas, elogiadas, tem medo das críticas e de se expor a elas. São facilmente ressentidas e se magoam com facilidade. Para elas tudo toma uma proporção enorme. Sentem que sempre tem alguém disposto a trair sua confiança, que as pessoas são ingratas, e que os relacionamentos são difíceis. 

Reconhecer esses dois mecanismos agindo na sua vida é essencial para se compreender a verdadeira função da autoestima. 

E na sua vida, você ja percebeu atitudes motivadas pelo sentimento de inferioridade? Ele te ajudou a pensar em soluções e melhorar suas atitudes?

E em que situações sentiu o complexo de inferioridade florescer? Sentindo-se culpada por coisas tão pequenas? Não conseguindo parar de pensar em seus erros e falhas, imaginando como seria se não tivesse “feito tal coisa” ou “dito tal coisa”? Se incomodando muito com o que os outros vão dizer ou pensar?

Se você leu até aqui, conseguiu compreender a diferença entre os dois conceitos e agora está preocupada pois se identificou com várias atitudes do complexo de inferioridade, não se preocupe! No próximo artigo vamos conversar sobre como melhorar essa autoestima, quais os passos importantes para deixar de ser guiada pelo complexo de inferioridade, e vamos conhecer também como a palavra de Deus e seus mandamentos vão me ajudar a recuperar a auto estima.

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2 comentários em “Uma caminhada rumo a autoestima: sentimento de inferioridade vs. complexo de inferioridade”

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