A mulher de Provérbios no século 21: a empreendedora

Anteriormente em nossa serie sobre A mulher de Provérbios no século 21 no mercado de trabalho, falamos sobre ela como "A estudante" e "A funcionária". Para encerrar nossa série, vamos considerar a mulher de Provérbios como empreendedora, a mulher que opta por abrir o seu próprio negócio.

Em Provérbios 31, encontramos características interessantes da empreendedora. Diz assim:

Ela avalia um campo e o compra; com o que ganha planta uma vinha...Administra bem o seu comércio lucrativo, e a sua lâmpada fica acesa durante a noite.

Provérbios 31:16, 18

É claro que é muito desafiador empreender, mas os benefícios são inúmeros! Esses benefícios podem incluir trabalhar nos horários que melhor te atendem, e muitas vezes você pode fazer isso da sua casa! Mas é importante que a mulher empreendedora tenha alguns detalhes desses verso em mente. Perceba no verso 18, quando Deus sabiamente decidiu deixar a palavra “lucrativo” ali. Por que? Porque é importante que a mulher que decide empreender tenha em mente que ela também precisa se preparar para isso. Para suceder, ela vai precisar estudar conceitos básicos de finanças e administração, buscando o conhecimento necessário para a sua área de negócio.

Empreendedora, é importante que você saiba e entenda todos os custos envolvidos na produção do seu produto ou na prestação do serviço. Vamos começar com alguns conceitos importantes:

1. Receita: esse é o valor que você vai receber pelo seu produto/serviço. A soma de tudo que você recebeu no mês será a sua receita mensal. É importante que você mantenha um controle disso para acompanhar as suas finanças e estudar o histórico, buscando identificar pontos de melhoria no seu negócio ou estratégias para repetir;
2. Preço: Esse é o valor que você irá cobrar do seu cliente. Dentro desse valor, você precisa considerar o custo que teve para produção do produto e/ou o custo da sua mão de obra. Percebeu a diferença entre preço e custo? O preço é o quanto o cliente paga por aquele produto, enquanto o custo é o que você paga;
3. Custo: o custo é o que você precisou pagar para que pudesse vender aquele produto ou o custo da sua mão de obra, como por exemplo água, luz, internet, entre outros. Você vai conseguir acompanhar o lucro do seu negócio somente quando conseguir descontar o valor dos custos;
4. Lucro: aqui entra a palavra “lucrativo” que vemos na Bíblia. O lucro é o que verdadeiramente vai para o seu bolso no fim do mês. Esse valor será a sua Receita Total Mensal menos o seu Custo Total Mensal. Vamos juntar todos os conceitos? Se você vendeu 10 produtos/serviços por um Preço de R$100 cada, a sua Receita no final do mês foi de R$1.000. Se o custo de cada produto foi R$50, o seu Custo total mensal com a venda de 10 produtos foi de R$500, portanto, o seu Lucro no final do mês foi de R$500;
5. Margem de Lucro: a margem de lucro é o percentual de lucro que você tem em cima de um produto. Ela você consegue descobrir dividindo o seu Lucro pela sua Receita Total. No nosso exemplo, o seu negócio teria 50% de lucro (R$500 de lucro dividido por 1.000 de receita). Com essa informação você pode “calibrar” o preço do seu produto/serviço de acordo com a margem de lucro que você espera ter.

Deus incluiu a palavra “lucrativo” nesse verso porque Ele não só quer que você tenha o próprio negócio, mas que isso seja benéfico para você. Dedique um tempo para registrar as movimentações financeiras da sua empresa. Identifique se está realmente sendo lucrativo e qual é o tamanho do seu lucro!

E o verso 16? Nesse verso aprendemos que a mulher empreendedora “compra uma vinha” com o dinheiro que ganha da compra do campo. Ela não gasta o Lucro que teve com a compra do campo. Agindo sabiamente, ela realiza um investimento.

Outra maneira de investir é dedicar um valor para ter em “caixa”. Dada a incerteza de lidar com o próprio negócio, é importante que uma parcela considerável do lucro do mês seja dedicada ao chamado “fundo de emergência”. No mês que seu negócio performar bem, você pode guardar um pouco mais. No mês que seu negócio não for tão bem, você tem a tranquilidade de contar com aquele dinheiro que você poupou nos meses que foram bons.

Uma boa métrica para seguir é manter o proporcional de dois a três meses do valor que você precisa por mês para se manter. Vamos supor que você precisa de no mínimo R$100 por mês para pagar as suas contas e manter a empresa, portanto, o ideal seria que você tivesse um “Fundo de Emergência” de no mínimo R$300. Se você está começando seu negócio agora, pode levar um tempo para você conseguir realizar essa métrica. Mas deve ser seu objetivo. Sempre que sobrar algum dinheiro, trate-o com sabedoria.

Por último, se você for uma empreendedora, leia o livro “Deus é dono do meu negócio”, do autor Stanley Tam. God Owns My BusinessNesse livro, ele destaca o mais importante de tudo que é enxergar Deus como seu principal sócio. Antes de iniciar o seu dia, convide Deus para fazer parte de todas as decisões financeiras da sua empresa, peça a Ele discernimento conforme você conduz seus negócios diários e sabedoria para ter um negócio lucrativo. Deus se importa com o seu negócio! Afinal, ele é seu, e Deus te ama mais do que você consegue imaginar.

E é com essa declaração do amor de Deus que encerramos essa série sobre a mulher de Provérbios no século 21! Espero que vocês tenham aproveitado essa série assim como eu aproveitei escrevê-la! E, como sempre, estamos aqui para conversar com vocês! Como uma leitora do The Girl Writes você faz parte de uma rede de profissionais em diversos setores. Tem alguma dúvida ou preocupação sobre ser uma mulher no mercado de trabalho? Deixe nos comentários!

Até a próxima!