Quero receber a newsletter TGW!

Prevenindo o não planejado: escolhendo um método anticoncepcional

Antes de aumentar a família, devem pensar se Deus é glorificado ou desonrado com o trazerem filhos ao mundo. Devem buscar glorificar a Deus por sua união desde o princípio, e durante todo o tempo de sua vida de casados. 

Lar Adventista 162.3

Você já sabe o quanto é importante para sua saúde fazer os exames pré nupciais., agora vamos falar sobre o melhor método anticoncepcional para você, sua saúde, e seu estilo de vida. Ao escolher o melhor método para o seu planejamento familiar, considere três pontos:

  1. A escolha da mulher e do casal - deve ser um método que você e seu marido concordem. E acima de tudo, deve ser preservada a sua saúde física e emocional, por isso não se force usar um método apenas para agradar seu marido.
  2. Características do método - avalie os benefícios e malefícios de cada um, e considere também o que é mais eficaz para vocês.
  3. Fatores individuais e situacionais - sua idade, condição financeira, se vai fazer acompanhamento pelo SUS ou particular, se tem posto de atendimento perto da sua casa, quais serviços e métodos são oferecidos lá, se seu objetivo é prevenir a gestação ou se você quer engravidar, se já tem algum filho, se está amamentando e outras coisas que sejam particulares da sua realidade.

Fatores para considerar

Agora, existem algumas características específicas de cada método que devem ser observadas:

Eficácia - existem duas taxas de eficácia: A) a de uso habitual, quando a pessoa usa o método como dá, no dia-a-dia, às vezes esquecendo ou usando errado; B) a de uso correto, sem falhas. Assim, eles contam quantas mulheres engravidam no primeiro ano de uso do método, dessas duas maneiras e fazem o cálculo do quanto o método é eficaz em cada situação.

Efeitos secundários - são os famosos efeitos colaterais. Os métodos hormonais costumam ser mais prejudiciais à saúde, por isso é importante escolher com cuidado.

Aceitabilidade - é o quanto você confia no método e qual a sua motivação para usá-lo corretamente. Fatores psicológicos, culturais e religiosos podem influenciar sua decisão.

Disponibilidade - se desejar suporte do SUS, é importante saber se o método está disponível e acessível onde você reside. Se não for pelo SUS, veja se o método é acessível no valor e se está disponível por perto. É importante escolher um que você possa usar com a frequência e a segurança necessária para ser eficaz.

● Facilidade de uso - escolha um método que seja fácil de usar da maneira correta. Por exemplo: se não consegue tomar a pílula todo dia no mesmo horário, então é melhor usar outro método.

Reversibilidade - cada método tem um tempo de ação no organismo, alguns perdem a eficácia logo após a pausa no uso e outros demoram mais tempo, além dos métodos que são irreversíveis. Leve isso em consideração para escolher o que se adapta melhor ao seu planejamento familiar.

Proteção contra infecções sexualmente transmissíveis IST'ssegundo a Bíblia, acreditamos que a relação sexual deve acontecer somente no casamento, e esse já é um fator de proteção. Mas pode acontecer de em algum momento e circunstância específica alguém ter se infectado sem saber, então é importante que saibam das possibilidades de não contaminarem um ao outro através do uso de um método correto de proteção.

family planning in a christian perspective

Métodos anticoncepcionais

MÉTODOS COMPORTAMENTAIS: Esses métodos contam com a modificação comportamental. Ao longo do período menstrual ocorrem mudanças no corpo feminino e através da observação e autoconhecimento, é possível identificar o período fértil e não-fértil. Os benefícios são do autoconhecimento, cumplicidade entre o casal e favorecimento do funcionamento natural do corpo feminino. Qualquer pessoa pode usar esses métodos, sendo que a taxa de falha no primeiro ano é de 0,5 a 9% se fizer certinho e de 20% se houverem falhas.²

Método Ogino-Knaus (Ritmo, Calendário ou Tabelinha) Com a ajuda de um calendário, caderno, ou aplicativo, você vai anotar no calendário todos os dias da menstruação e identificar os dias férteis, os de risco e os não-férteis, de acordo com a duração do seu ciclo. Faça a anotação por pelo menos 6 meses para ter maior precisão, e só depois confiar no método.

Método da temperatura basal corporal - A temperatura do corpo muda em cada período do ciclo, por isso, todo dia pela manhã, você vai medir a sua temperatura e registrar. Conforme aparecerem as variações, você identificará em que período do ciclo está.

Método do muco cervical ou billings - A vagina produz um muco natural que muda de acordo com o ciclo menstrual. Nesse método, você vai observar as características do seu muco (cor, cheiro, espessura) e as sensações produzidas por ele na vulva, para identificar quando está fértil e por qual período está passando.

Método sinto-térmico - Você vai usar em conjunto o método de temperatura basal e do muco-cervical e ainda vai observar os sintomas físicos e psicológicos que aparecem em cada parte do ciclo. Com base nisso, será possível identificar cada período.

Método do colar - É igual ao método da Tabelinha, mas é utilizado um colar para fazer a contagem dos dias. Não é indicado se você tiver o ciclo menor de 27 ou maior de 31 dias, porque o tamanho do colar não dá precisão para esses padrões de ciclo.

MÉTODOS DE BARREIRA: Já esses são obstáculos mecânicos ou químicos para a passagem dos espermatozoides. Dependendo do método, pode causar irritação vaginal, alergia ao material, alergia ao lubrificante, se for usado com muita frequência pode causar fissuras e microfissuras na parede íntima (Ex: espermicida). A taxa de falha varia de 1,6% em uso correto até 21% se usado com falhas.²

Preservativo masculino - a famosa camisinha, que impede o contato do sêmen com a vagina. É considerado o mais simples de usar e o mais seguro também contra a transmissão de infecções.

Preservativo feminino - não tão famosa, a camisinha feminina é introduzida na vagina antes do ato sexual e tem a mesma ação que o preservativo masculino. Importante: NUNCA use a camisinha feminina e a masculina juntas. A fricção entre os dois materiais pode causar rompimento e consequente falha no uso do método.

Diafragma - é um anel flexível que cobre o colo do útero, impedindo a passagem dos espermatozoides. Existem diversos tamanhos e numa consulta é possível saber qual é o indicado para você. Tem validade de 3 anos e pode ser tirado e higienizado após a relação sexual.

Esponja Vaginal - tem formato de disco, é macia, feita de espuma, e tem uma alça para remoção. Vem com espermicida e deve ser molhada antes de usar e pode permanecer na vagina por até 30 horas. Sua ação é como a do Diafragma, porém a eficácia é maior em mulheres que já tiveram pelo menos um parto, comparado às mulheres que nunca pariram.

Espermicida - são substâncias químicas que, introduzidas na vagina, servem como ‘veneno’ para os espermatozóides, destruindo-os. Podem ser encontradas em forma de gel, espuma, creme ou supositórios. É o que mais pode causar irritação e machucar a mucosa genital, por isso deve ser usado com cuidado.

MÉTODOS HORMONAIS: Esses métodos são os que alteram quimicamente os ciclos menstruais. Podem provocar enjoos, vômitos, sangramentos, manchas de sangue entre as menstruações, falta de menstruação, aumento de peso, dor de cabeça, tontura, dor nas mamas, mudanças de humor, diminuição da libido, ressecamento vaginal, aparecimento de acne, e outros. Caso você tenha diabetes, obesidade, hipertensão ou predisposição para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, existe o risco de eventos trombóticos ou cardiovasculares. A taxa de falha varia de 0,1% a 9% em uso habitual e a eficácia chega até 99,5%.²

Pílulas - impedem a ovulação e dificultam a passagem dos espermatozóides. Existem três tipos de pílulas:

1) Pílula monofásica: possui estrogênio e progesterona na composição. Ao final de cada cartela é feita uma pausa de 7 dias para descer a menstruação.

2) Minipílula: contém apenas progesterona e deve ser tomada continuamente. É indicada para mulheres que estão amamentando.

3) Pílula multifásica: os hormônios são combinados em diferentes dosagens durante cada período do ciclo, e a cartela tem cores diferentes para indicar os dias certos de tomar cada comprimido.

Injeções - têm as mesmas substâncias e a mesma ação que as pílulas. Existe dois tipos:

1) Mensal: é uma dose equivalente a um mês, e deve ser administrada mensalmente para ser eficiente.

2) Trimestral: aplicada de três em três meses, tem uma quantidade maior de hormônios e demora um pouco mais para sair do corpo da mulher.

Pílula do dia seguinte - é uma pílula anticoncepcional de emergência. Age impedindo ou retardando a ovulação e retardando os espermatozóides. Mas sua eficácia depende de quanto tempo passou desde a relação sexual: quanto mais demora pra tomar, menor a eficácia. Só deve-se tomar uma a cada ano, não podendo ser usada como método anticoncepcional de rotina porque a dose hormonal é muito alta e pode causar muitos efeitos colaterais.

Adesivo anticoncepcional - composto por dois hormônios, é um adesivo quadrado que deve ser aplicado sobre a pele e trocado após 7 dias, durante 3 semanas. Depois é feita uma semana de pausa para descer a menstruação.

Implante anticoncepcional - é um bastão fino de plástico com etonogestrel, que se insere na pele. Age liberando o hormônio no corpo lentamente, tendo validade de 3 anos e taxa de eficácia de 99,5%.²

Anel vaginal - um anel flexível de silicone que deve ser inserido na vagina e libera hormônio durante 3 semanas, evitando a contracepção. Depois desse tempo, deve ser descartado.

Dispositivo Intra-Uterino (DIU) - objeto de plástico em formato de T que é colocado no interior do útero para impedir a fecundação. Existe dois tipos:

1) DIU de cobre: sem hormônio, é revestido de cobre e tem durabilidade de 10 anos. Age deixando o ambiente vaginal hostil para os espermatozoides, e possui poucos efeitos colaterais.

2) DIU Mirena: libera hormônio que impede a ovulação e a passagem dos espermatozoides, e possui validade de 5 anos.

MÉTODOS CIRÚRGICOS - é quando, através de uma cirurgia, a mulher ou o homem realiza procedimento que impeça a fertilidade. Não costumam ter contra indicações, mas possuem pré-requisitos para que possam ser realizadas, tais como idade e quantidade de filhos vivos. Os riscos variam de absolutamente nenhum aos riscos de intervenção cirúrgica normal. Podem ser reversíveis ou irreversíveis, dependendo do tempo e da maneira como for realizado o procedimento.

Ligadura de trompas - as trompas da mulher são cortadas e amarradas, cauterizadas ou fechadas com grampos ou anéis, impedindo o encontro do espermatozoide com o óvulo. Apesar de comum, não pode ser realizada com um parto cesariana, precisando existir 60 dias entre a manifestação da vontade da cirurgia.

Vasectomia - realizada no homem, os canais deferentes são cortados e amarrados ou grampeados impedindo que os espermatozoides saiam do saco escrotal. Só precisa de anestesia local e a recuperação é rápida.

Esse é um resumo dos métodos que existem. Quase todos são oferecidos gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), sem cobrança de taxa de serviço, produto ou procedimento, então não há desculpas para não se prevenir. Separe um tempo para considerar qual método é o melhor para você e sua saúde nesta fase de sua vida. Considere seus planos para o futuro, converse com seu marido e seu médico. E não se esqueça: "O melhor método para uma pessoa usar é aquele que a deixa confortável e que melhor se adapta ao seu modo de vida e à sua condição de saúde”. ¹

Referências

¹Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009.

²BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Assistência em Planejamento Familiar: Manual Técnico/Secretaria de Políticas de Saúde, Área Técnica de Saúde da Mulher – 4a edição – Brasília: Ministério da Saúde, 2002.

³SITE: www.mdsaude.com/ginecologia/anticoncepcionais/metodos-anticoncepcionais.

⁴WHITE, ELLEN. Testimonies for the Church 2:380. Mountain View, CA: Pacific Press Publishing Association, 1868.

Further reading
www.cdc.gov/reproductivehealth/contraception/index.htm

2 comentários em “Preventing the Unplanned: choosing a birth control method”

  1. Pingback: After the "I Do" — A guide to your first night together

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar
Girl writes in journal
The Girl Writes is a space created by women for women. Everything in a faith-based perspective. No adaptations necessary. Learn more.

Related Posts

pt_BR