Numa tarde de primavera, na casa de Miguel e Ayla, nasceu Benjamin, um bebê tão miudinho que parecia caber na palma da mão. Com o passar dos anos, o pequeno se tornou uma criança rebelde e desagradável. Benjamin não gostava de obedecer e sempre que era corrigido, se jogava no chão, gritando até ficar desfalecido. Ayla não sabia mais o que fazer e pediu ajuda a uma idosa senhora que morava próximo à sua casa. Malka contou-lhe que seu esposo, Joaquim, havia se encontrado com um Homem chamado Jesus, uma pessoa diferente, que gostava de ajudar a todos que estivessem passando por dificuldades – curava os doentes, e aliviava o fardo de todos que buscavam a Sua ajuda.
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Ayla sentiu uma alegria que mal cabia em seu peito. Correu à casa de Chaya e lá encontrou também suas amigas: Sarine e Yoná. Com muito entusiasmo convidou-as para irem encontrar com Jesus, o Homem que curava toda e qualquer enfermidade, principalmente as da alma. Ela não queria a bênção só para si, preferiu repartir com outras mães que também precisavam dela.
Vá ao encontro da bênção
Combinaram de sair no dia seguinte. Durante a noite, mal conseguiram conciliar o sono, tamanha era a ansiedade delas. Fizeram lanches para as crianças e logo cedo a caravana de mães e filhos partiu. Ayla segurava Benjamin pela mão e em seus braços estava a caçula Livana. Chaya também levava seus filhos e saíram as duas com suas crianças para terem um encontro do qual nunca mais poderiam esquecer. Logo à frente encontraram Sarine e Yoná, que antes de amanhecer já estavam à espera, cada uma com sua prole. As crianças estavam cheias de energia e com muita disposição para iniciar a viagem.
Estava muito frio, mas ninguém se importou com isso e quando os primeiros raios de sol surgiram, aquelas mães e seus filhos já estavam longe de casa. Ayla abrigava em seu coração a esperança de que sua vida, e a de suas amigas, tomaria um rumo diferente, trazendo calma e felicidade para as suas famílias. Aquelas mães ansiavam que seus filhos fossem abençoados por aquele Homem de quem ouviram falar.
Saíram da cidade de Gerasa e caminharam dois dias na região da Pereia até chegarem ao lugar em que Jesus se encontrava. O cansaço era enorme, mas a alegria de poder chegar tinha valido a pena.
Jesus estava pregando e havia uma multidão ao Seu redor. Quando os discípulos viram aquele grupo barulhento chegando, foram ao seu encontro. As mães apresentaram seu desejo, mas os discípulos disseram que elas não poderiam incomodar o Mestre, pois Ele estava numa conversa muito importante e mandou-lhes embora. Não, isso não poderia estar acontecendo! Depois de uma longa caminhada, chegar tão perto, não poder se encontrar com Ele, era decepcionante! Um sentimento de imensa tristeza invadiu aqueles corações.
Como nada passa despercebido aos Seus olhos, Jesus percebeu a chegada das mães com seus filhos e esperou para ver como os discípulos iriam resolver a questão. Quando eles despediram o grupo, Jesus se dirigiu àqueles homens, repreendendo-os: “Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de Deus” (Marcos 10:13-14). A alegria voltou ao coração daquelas mães quando ouviram essas palavras. Os homens abriram espaço e elas puderam ver um homem de rosto sereno, sorrindo e com os braços abertos. As crianças correram ao encontro de Jesus e Ele abraçou-as, colocou algumas em Seu colo e fez carinho em todas elas. A felicidade estava estampada no rosto dos pequenos! As mães viram Jesus tomando seus filhos em Seus braços e abençoando-os. Para isso que fizeram tão grande sacrifício! Agora poderiam fazer a viagem de volta, pois tinham o que foram buscar. Seus filhos tiveram contato com Jesus e Sua bênção estava sobre eles. Elas voltaram para casa contentes e fortalecidas na esperança de que seus filhos seriam restaurados.
Filhos abençoados, mães transformadas
Ayla viveu uma experiência única em sua vida. Ela percebeu ser um erro deixar seu filho fazer o que queria e quando queria, ele não tinha limites. Quando ela sentiu o toque de Jesus, pôde ver que não poderia deixar as “rédeas” na mão do filho. Ela era a mãe e responsável pela educação e felicidade da criança. Esperava uma transformação em seu filho, mas essa transformação foi nela primeiro. A harmonia voltou ao lar. O que antes era confusão, agora era paz. Benjamin não era mais aquela criança pirracenta e mal-educada. Sua mãe teve um encontro com Jesus e isso fez toda diferença.
Aquelas mães foram com um pensamento: queriam a bênção para seus filhos, mas ao levarem as crianças, elas também foram abençoadas.
“Jesus conhece as preocupações íntimas de cada mãe. […] Aquele que devolveu à viúva de Naim seu unigênito, e que, em agonia na cruz Se lembrou de Sua própria mãe, comove-Se ainda hoje pela dor materna. Em todo pesar e em toda necessidade, dará conforto e auxílio” — O Desejado de Todas as Nações, p. 512.
Você, querida mãe, é muito especial aos olhos de Deus! Ele fala: “Vão as mães ter com Jesus, apresentando-Lhe suas perplexidades. […] As portas acham-se abertas a toda mãe que desejar depor seus fardos aos pés do Salvador. Aquele que disse: ‘Deixai vir os meninos a Mim, e não os impeçais’, convida ainda as mães a conduzirem os pequeninos para serem por Ele abençoados. Mesmo o nenê nos braços maternos pode permanecer como sob a sombra do Onipotente, mediante a fé de uma mãe que ora”. — Idem.